domingo, 26 de fevereiro de 2012

Do Amor à ejaculação

ATENÇÃO: Este texto será escrito do ponto de vista dos homens visto que desconheço o ponto de vista das mulheres (que admito que possa ser ou não igual).

A pergunta que se impõe neste momento é, Como sabemos (nós homens) que amamos outra pessoa?

Aquilo que quero dizer é muito simples e julgo reflectir o que acontece à maioria dos homens.
Já repararam que após a ejaculação o nosso pensamento fica totalmente diferente, certo? Parece que temos uma espécie de névoa no cérebro que se dissipa assim que atingimos o orgasmo. De repente, tudo é claro como água para nós durante umas horas.

É nesta clareza de mente que me quero focar. Estou certo que já experimentaram a sensação de querer estar com alguém, mas entretanto vêm-se e a vontade de estar com essa pessoa vai-se.

Pois bem, e quando pensam que querem estar com alguém, atingem o orgasmo e naqueles momentos de clareza continuam a querer estar com essa pessoa? Isso, meus caros, pela experiência que tenho, é Amor.

Sempre que tiverem a oportunidade de estar com uma pessoa, antes de a contactarem experimentem a masturbação e, após a ejaculação, vejam se continuam com vontade de estar com essa pessoa. Aposto que se for Amor, a vontade permanece.

terça-feira, 14 de abril de 2009

O mar e o alcatrão (e jesus e as fadinhas)

Oh mar bravo, ai oh mar que com o teu silêncio que não se sente nem ouve mas que possuis nos levaste os nossos melhores homens e deixaste viúvas as melhores mulheres, ai jesus acode-nos! Ai a dor que sinto no coração, olho pela janela e vejo laivos de sangue escarlate a escorrer no alcatrão negro e tombo no pavimento enquanto um sentimento de angústia me rebenta as entranhas, tudo com um silêncio que não se sente nem ouve mas que está lá. -----------------------------» Isto era o que eu escreveria se fosse parvo.Tem alguma lógica aquilo que acima está escrito? Não! Mas vá-se lá saber porquê, há pseudo-intelectuais que adoram estas coisas… Acho que deve ser algo do género “Bem, eu não percebo isto porque é totalmente impossível de perceber portanto vou dizer a toda a gente que adoro isto porque entendo perfeitamente o que o escritor quer dizer e como as outras pessoas também não vão perceber, vão pensar que sou muito inteligente!”. Por mim os escritores que podem escrever sobre coisas absurdas, não é disso que se trata. Detesto é que escrevam sobre coisas comuns com frases que ninguém entende, é uma estupidez pegada. É um estilo rococó demasiado ridículo.

Post Scriptum: Eu nem sequer mencionei o Lobo Antunes mas acho que já perceberam a ideia…

Post Scriptum 2: E as fadinhas do título?? Epah Não as consegui pôr em lado nenhum, desculpem.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Felicidade?

Qual o propósito da felicidade? O que é a felicidade? Acordei hoje sem saber definir a felicidade sem parecer parvo. Sonhei com uma situação em que alguém me perguntava, És feliz, ao que eu retorquia, Sim posso dizer que sou feliz, e então perguntaram-me de seguida se eu sabia caracterizar a felicidade e aí sim eu fiquei sem palavras... O que poderia eu dizer? Se fosse a definir a felicidade como realmente a concebo pareceria um doidinho, seria qualquer coisa deste género, A felicidade? Ummm ora bem, a felicidade é um estado de espírito que se instala quando conseguimos cumprir todos ou grande parte dos desafios a que nos propomos num certo momento da nossa existência e que essencialmente se define por uma histeria e excitação parvas que nos levam a fazer coisas muito pouco lógicas que são os actos denominados românticos (escrever durante a noite com um corta relva nos jardins em frente à Torre Eiffel "Marie, je t'aime!", fazer uma serenata à janela da pessoa que se Ama mesmo sabendo que se tem uma voz terrível e que toda a gente vai gozar com aquela situação). Claro que também me podem dizer que se pode ser feliz sem amar ninguém, mas eu discordo. Temos sempre de amar alguém, nem que seja o gato ou cão. Se não amamos ninguém como é que somos felizes? Aliás, como é que não se Ama ninguém? Nem os Pais, nem os amigos, nem os animais de estimação? Será que é possível ser feliz sem ter amigos? É que Pais podemos não gostar deles (por vezes, em situações trágicas acontece) e animais de estimação podemos não os ter, mas não ter amigos ou não os amar é uma Tristeza pegada! Os amigos são aquelas pessoas que vão estar sempre connosco (mesmo que por vezes apenas estejam mentalmente), são aquelas pessoas que sentem saudades de nos ouvir a falar sem parar mesmo que não digamos nada de jeito, são aqueles que se vão rir sempre das mesmas merdas que nós... Claro que nesta definição de amigos pode sempre entrar a namorada ou esposa, aliás se esta entrar nesse grupo, isto é, se ela para além de ser a pessoa que amamos for também um amigo penso que encontrámos a felicidade... Corrijam-me se estiver errado.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Beyond Death

O que é a morte? É esse um dos grandes mistérios da humanidade e não raras vezes tentamos encontrar explicações (algumas mais ridículas que outras). Será a morte simplesmente a falência de órgãos vitais seja porque motivo for? Será a morte o último fechar de olhos? Será a morte a senhora vestida de preto com aquele engraçado instrumento a que todos chamamos de foice e que no fundo é uma alfanje? E depois da morte? E depois? O que há? Nada, ou será apenas a morte o início de uma melhor existência?
Bom, temos no nosso mundo milhares de milhões de escritos de gente iluminada que, uns com mais credibilidade que outros, claro, tentam responder a tais perguntas, contudo não consigo deixar de pensar que até agora nunca ninguém que tenha morrido e ressuscitado escreveu um livro sobre isso (alguns dizem que Jesus morreu e ressuscitou, outros dizem que não, mas ponto assente é que não escreveu livro algum sobre o assunto). Ora, se nunca se escreveu da morte por experiência própria como nos podemos basear em pessoas que dizem ou isto ou dizem aquilo? Como não me atribuo poderes de médium nem de adivinho não vou conjecturar sobre o que há depois da morte para o falecido, vou, isso sim, limitar-me aos factos que posso garantir que são verdadeiros, ou seja, o que acontece depois da morte aos que amam (amavam?) o falecido.
Se ao vernáculo necessitarmos mesmo de recorrer o que se pode dizer com certeza é que a morte é uma Puta (com P grande) que nos roubou e há-de continuar a roubar aqueles que amamos. A morte de familiares, de amigos, de amantes, todas elas nos atingem de diferentes maneiras mas todas têm algo em comum, a perda, a certeza (pelo menos a minha) que nunca mais na minha vida vou poder estar com aquele familiar, nunca mais na vida vou poder rir-me das piadas daquele amigo, nunca mais na minha vida vou poder beijar os lábios daquela amada. Claro que podemos sempre argumentar que quem perdeu mais foi o falecido (perdeu a vida), mas e nós que cá ficamos? E nós que ficamos privados das pessoas com quem queremos estar?? Não é revoltante? Não dói saber que nada podemos fazer? Não dói saber que não podemos recorrer a nenhum poder judicial para por cobro a uma tremenda injustiça? Porque raio não morre o Kim Jong Il ou o Ahmadinejad ou a Condoleezza e tem de morrer quem não merece?
Tantas perguntas que pergunto, e para quê? (mais uma) Ninguém vai responder aos meus porquês…